quarta-feira, maio 21, 2008

Cine-Olho? Música da Luz? Cinemancia? (Brakhage & Cia.)


Que nome dar, afinal, para o delírio ótico-espectral de um filme como Dog Star Man, de Stan Brachage, ou para os exercícios vídeo-coregráficos de Maya Deren, bem como para tantos outros nomes do chamado cinema underground ou experimental? Para além de rótulos tão consagrados quanto insuficientes, vemos um mar de fotogramas chamuscando a imaginação do espectador, obrigado a vencer o vício da narrativa romanesca tradicional caso queira aventurar-se por tais plagas.
Não, não se trata de "coisa de intelectual". É tão fácil quanto ridículo descartar a arte experimental sob a alegação de "chatice" ou "intelectualismo". O que está em jogo é: como julgar um filme que consegue ser mais real e fantástico que o pior dos pesadelos, sem necessariamente assustar com suas imagens? O que posso aprender e guardar desses retalhos de películas e seqüências programadas para alterar inapelavelmente nossa percepção usual da cor, da matéria e do movimento?
"A beleza será convulsiva ou não será", disse o velho Breton, ecoando Rimbaud e preparando terreno para a explosão da experiência fílmica. Quer entender melhor? Vá em www.brakhage.com/film_dvd.htm.
E tomem cuidado com o vira-lata espacial...

2 comentários:

Josely Bittencourt disse...

Olá Leo, sua proposta é o múltiplo? rs caráter duvidoso, recitar, Hamlet do subúrbio, songs, e cinema, uau!

bom, vou linkar!

:*

Leonardo Martinelli disse...

Jô, minha proposta é unívoca: só falo do que me afeta...