terça-feira, outubro 28, 2008

Help me Gelman...



Sim, este é muito bom... Mas há aquele também,"Fotografias":

Vendo em velhas fotos meu rosto onde não estás,
a face em que estás como dor, esquecimento,
penso em que estarão fazendo na China agora
com tanta tristeza como a que caía em mim,
ou crescerá como outro outono humano
cheio de ouros, de doçura,
como um fogo no meio como teu nome, ou seja
crepitarás ente os lótus de Hangchaw debaixo de outubro
como quando encontrei a justiça no mundo
e era como teu rosto,
melhor dizendo: te amo.


Sim, há estes poemas de Juan Gelman, há noites e dias sucedendo-se sem o menor sentido aparente, e amigos telefonando e mandando convites para festas e lançamentos literários tão inúteis e desinteressantes como desfechos desagradáveis para histórias inacreditáveis...

Sim, preciso ler um pouco mais de Nietzsche, Oswald, Gracián (A Arte da prudência), aprender a desidealizar o futuro e as pessoas, desconfiar dos momentos de felicidade sempre reversíveis em mágoa, dor física e insultos tragicômicos.

Preciso aprender a calar-me, esquecer, esperar.

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